FORMAS FUNDAMENTAIS DA DANÇA

Publicado por Tadeu Ribeiro em

Desde a áurea da humanidade, são três as formas fundamentais da dança:

1) dança solo;

2) danças em grupo;

3) danças em pares.

Essas formas iniciais de dança chegaram até nossos dias, e, embora pareça estranha, a dança não mais adquiriu novas aparências, nem substâncias desde a idade da pedra. Como nota Sachs, a história da dança criadora se desenvolveu na pré-história. “Arte, toda arte do mundo nasceu com a primeira pedra talhada pela mão do caçador pré-histórico”, diz também Gilardoni no livro “Naissance de L’Art”.

arte Rupestre.

A dança tem sua origem orgânica num reflexo-motor do corpo provocado por uma emoção. “Assim nasceu a dança solo”, dança individual.

A tradição histórica conhece as danças mágicas dos chefes e reis – sacerdotes dos diversos povos. Assim no antigo Egito, o Faraó dançava em grandes passos ritmados ao redor do templo para assegurar a marcha do sol, na Pérsia antiga o rei dançava solenemente no dia de Mitra, o rei Davi do povo de Israel dançou diante da Arca Sagrada, no antigo México os reis dançavam majestosamente e assim por diante.

Aristóteles denominou o homem como “Zoo politikón”, o animal político, o ente coletivo, social, pois já desde os primórdios, a dança em solo está acompanhada pela dança em grupo como a reação orgânica emocional do ente social, que procura exprimir-se numa manifestação dançante coletiva.

arte da dana pré histórica.

Uma forma característica da dança em grupo é a roda.

Primitivamente cada um dançava “solo” em grupo sem tocar no seu vizinho, sem mesmo adaptar os seus movimentos aos dos outros companheiros da roda. Mas na medida da elevação do nível cultural, um contato sempre mais próximo estabelece-se entre os componentes da roda e, fatalmente, lhes impõe os movimentos e o andamento dançante idêntico a todos. Primeiramente davam-se as mãos, depois se juntavam os braços, por fim tornaram pela cintura e até chegarem aos nossos dias.

O círculo é a forma mais antiga de roda em coro.

Os antropóides dançavam em ronda, como faziam os povos de todos os tempos, em todos os recantos da terra.

A dança de frente e filas ou em linhas retas ou obliquas constitui um novo complemento à roda em círculo ou roda. Mais tarde, atribui-se á roda um novo valor mágico-espiritual.

A dança retilínea que só existe na área da cabana retangular, sugere a própria construção desse tipo arquitetônico.

Pode se presumir que a dança em forma de roda, em círculo é própria dos primitivos da genealogia matriarcal e a dança da frente retilínea é própria dos primitivos da genealogia patriarcal.

A dança em pares é a forma mais importante da dança desde os tempos primitivos até os nossos dias. O motivo principal dessa dança é a união dos dançarinos para simbolizar o amor e o crescimento da própria tribo.

A dança em pares primitiva era executada por homens e somente na cultura evoluída que precederam as altas civilizações aparece o casal em sua forma homem e mulher.

Nas danças primitivas, as danças em pares eram executadas de formas abertas: os pares dançavam sem se tocarem um ao outro ou somente dar as mãos do partenaire.

As danças em pares fechados, isto é quando os pares se abraçam, são tardias.

                                    CONCLUSÃO

Os primeiros documentos sobre a origem pré-histórica dos passos de danças são devidos às descobertas das pinturas e esculturas rupestres de cavernas do homem da era paleolítica, mesolítica e neolítica. Estes gravaram artes nas pedras lascadas e polidas das cavernas. Posso colocar aqui como exemplo a pintura “Magdalènienne”(Gillardone).

Historicamente, O mito de Dionísio nos ensina a união com a terra. O elemento Dionisíaco representa a base terrena sobra a qual o artista constrói a sua obra e sem a qual ele e sua obra pereceriam.

Caminhando para Apolo, o artista jamais deverá esquecer Dionísio. Deverá ser capaz de beijar a terra nos momentos de delírio. “Beija a terra, ame-a sempre, incansavelmente”, quem disse isso foi Dostoievski pela boca de Zossima,o personagem eremita do livro “Irmãos Karamazov”.

Quem não sabe planar em alturas sublimes, porém frias, sobre cumes nos quais todas as cores se fundem numa brancura que cega, não é artista. O branco – união de todas as cores – é o símbolo da religião. A época romântica, em seu impulso para os pináculos da abstração. Então o arco-íris, união das sete cores, via sagrada que une o céu e a terra, é o símbolo da arte e a união de Apolo e Dionísio é a arte verdadeira, vital com as suas imagens terrestres e a sua celeste elevação.

✅  ::  Quer aprender Ballet conosco ? 
🔥  ::  Temos 9 Cursos.  Níveis Básicos, e Técnicos. 
👉  ::  Acesse:  https://sistematadeuribeiro.com.br/​ 
😃   ::  Mais de 30 anos ensinando Ballet Clássico.
📲   ::  Telefone Celular e Whatsapp: 42 99826 9396
👉  ::  https://www.youtube.com/aprendendoballet


0 comentário

Deixe um comentário